Babadook

maio 24, 2018


The Babadook é um filme de terror psicológico lançado em 2014, escrito e dirigido por Jennifer Kent, sua primeira obra como diretora. Inspirado no curta Monster, de 2005, Babadook conta a história de uma mãe e filho que estão sendo atormentados por uma entidade do mal que surge ao descobrirem um livro estranho na estante.  Para alguns, Amelia não ama seu filho, pois atribui à ele a morte do seu marido, e assim o menino desconta a falta de amor sendo uma criança com personalidade complicada. As ações do menino acabam deixando a mãe ainda mais perturbada já que não tem uma boa noite de sono e está sempre cansada. É aí que Sam acha o livro do Sr Babadook e o monstro começa a fazer parte da vida da família e sugando as forças da mãe.


O filme traz cenas bem dramáticas e impressionantes, além de atuações dignas de prêmios. Com 94 minutos de duração, o longa carrega uma metáfora que pode deixar o telespectador surpreso: o verdadeiro terror da obra é atribuído ao sofrimento, já que Amelia perde o marido em um acidente e, consequentemente, tem que cuidar de um filho pelo qual não sente afeto algum. Lutando contra a tristeza do luto, Babadook nada mais é que o trauma da família transformado em depressão, doença que vem sendo muito discutida nos dias de hoje. O final foge dos filmes de terror convencionais, trazendo o plot twist à tona e nos mostrando, assim como Onde Vivem Os Monstros, que devemos lidar e aprender a conviver com os nossos terrores internos.



Crítica: Opinião 

Para mim, Babadook funciona melhor como um filme de drama do que terror, entretanto eu adoro o visual “Tim Burton” do monstro. Algumas cenas me pegaram e transmitiram medo, mas a carga dramática ganha disparado. Talvez seja um pouco subjetivo demais, mas a partir do momento em que se entende o que está acontecendo, não dá pra não refletir com o filme. Toda vez que assisto percebo coisas novas e isso me deixa maravilhada; A atuação, pra mim, foi espetacular e a relação dos dois protagonistas funciona muito bem. O filme é pesado, a abordagem da depressão é forte e muito bem retratada, é claramente perceptível o quanto a mãe vai se perdendo ao longo do filme. O que eu mais gostei foi o final, pois quem tem depressão sabe que é quase impossível uma cura, mas que com tratamentos podemos controla-la e conviver bem com a doença. Enfim, é um filme poderoso e um dos meus favoritos.

Até a próxima.
Com amor, Rox.

Onde Vivem os Monstros

maio 17, 2018



Where The Wild Things Are (traduzido como Onde Vivem os Monstros) é um filme de 2009 dirigido por Spike Jonze. O longa é uma adaptação do livro infantil de mesmo nome escrito por Maurice Sendak e conta a história de um menino (Max) que, por problemas sociais e familiares, acaba se perdendo na própria imaginação e indo parar na ilha dos Monstros, onde vivem sete criaturas gigantes: Carol, Ira, Judith, Alexander, Douglas, Bull e KW. O filme conta com uma fotografia maravilhosamente poética e um roteiro impecável (mas que talvez não funcione tanto para o público infantil), trazendo traços de psicologia e atingindo principalmente adultos, já que traz uma discussão sensível sobre a infância e o processo de amadurecimento, e o quanto o ambiente familiar afeta uma criança em desenvolvimento psicológico.



O protagonista é um garoto em crise já que é notório a ausência da figura paterna e uma mãe sempre ocupada com trabalho, assim como a irmã que nunca lhe dá atenção. A falta de um sistema familiar adequado faz Max se tornar introvertido e se afastar do mundo real, criando um mundo particular com criaturas monstruosas que nada mais são do que a representação dos seus sentimentos/personalidades brigando entre si para entender a falta da estrutura familiar e social no mundo real. Os sentimentos representados pelos monstros são: o egoísmo (Carol), a carência (Alexander), o amor (Ira), a baixa autoestima (Bull), a agressividade (Judith), a solidariedade (Douglas) e o sentimento materno representado pela KW, único sentimento que não pertence ao protagonista, mas que talvez retrate o que ele mais sente falta. A convivência e os atritos com esses monstros faz o garoto refletir e amadurecer aos poucos durante o filme.


Opinião/Crítica:


Eu, particularmente, adoro filmes de fantasia e que em um primeiro olhar são destinados ao público infantil, mas que carregam um significado enorme pelas suas metáforas. Where The Wild Things Are funciona exatamente dessa forma pra mim, e de bônus me dá uma sensação nostálgica maravilhosa. Minha infância foi um tanto difícil por causa de alguns problemas pessoais e, embora tenha uma família muito unida e presente, sofri para me relacionar melhor com o resto da sociedade, talvez seja por isso que o filme signifique tanto para mim já que também me perdia em histórias fantasiosas como escape do mundo real. Depois de assistir, acabei me apaixonando pelo estilo do filme e buscando outros parecidos, hoje talvez seja meu gênero/estilo favorito. 

“Inside all of us is hope, fear and adventure. Inside all of us is a wild thing” é uma frase que levarei para vida e me mostra que todos temos nossos monstros internos, só temos que transformá-los em aprendizado.
Na minha visão, e por sempre ter gostado de questões envolvendo psicologia, o filme é uma obra maravilhosa que usa da fantasia para nos mostrar questões sérias e reais sobre como o meio em que vivemos pode afetar o nosso psicológico. Além disso, a mensagem que ele deixa é a de que todos nós temos monstros internos e estamos a todo momento lutando para conciliá-los e trabalhar para vencermos nossas frustrações e crescer ao longo da jornada da vida. Where The Wild Things Are é um filme extremamente verdadeiro que nos faz relembrar nossa infância e as situações que tivemos que lidar e o quanto isso pode ter refletido na vida adulta.

Tire suas próprias conclusões e me conte o que achou.

Até a próxima.
Com amor, Rox.

Dinastia

maio 10, 2018


Dinastia, originalmente Dynasty, é um remake de uma série de sucesso norte-americana estreada em 1981. A série fez tanto sucesso que foi premiada com o Golden Globe Award em 1983, para Melhor Série de Drama.
Dos criadores de The O.C e Gossip Girl, Josh Schwartz e Stephanie Savage apostaram em uma ideia luxuosa numa versão clássica dos anos 80.
A série conta a história de uma família muito rica e luxuosa, com o sobrenome Carrington. Blake Carrington é pai de dois filhos, Fallon Carrington e Steven Carrington, além de ser bilionário. Ao anunciar seu casamento com Cristal, funcionária de sua empresa, a família passa por inúmeras confusões e discussões. 


Com uma dose intercalada de rivalidade e intrigas, Cristal e Fallon vivem em pé de guerra. Dinastia chama a atenção por ter muitos conflitos bem elaborados envolvendo dinheiro, escândalos, mistério, poder e disputas. A história é surpreendente! E vale ressaltar que é difícil distinguir quem é o mocinho e quem é o vilão nesse inesgotável mar de segredos.

E se você tem certeza de que já viu a Cristal em algum lugar mas não lembra onde, talvez tenha esbarrado com ela em Mystic Falls, quando ela era a sereia infernal, Sybil! Nathalie Kelley esbanjou talento na série dos irmãos Salvatore e vem conquistando seu espaço no rico elenco de Dinastia.
Se você ainda não assistiu, corre porque todo sábado sai um episódio novo e você com certeza não quer ficar de fora dessa.

Até a próxima.
Com amor, Cris.

Menina Má

maio 03, 2018



Causando impacto em seu ano de publicação (1954) pela temática ousada e violenta de seu último romance, William March causou comoção pela polêmica escolha de enredo ao relatar a história do pequeno lobo em pele de cordeiro, Rhoda Penmark, um iceberg maior do que aquele que afundou o Titanic. A mente humana é uma incógnita, não se conhece ou enxerga por completo. É um labirinto cujo caminho é cheio de obstáculos e bloqueios, onde a saída mais próxima pode ser apenas mais uma curva vazia. Segredos obscuros, fantasias macabras e desejos tenebrosos podem estar escondidos nas curvas desse labirinto e em alguns casos, as fantasias e desejos passam a ser combustível para atos cruéis. 


Bad Seed, título original do romance, ganhou adaptações para uma montagem nos palcos da Broadway e, em 1956, uma adaptação ao cinema indicada a quatro prêmios Oscar, incluindo o de melhor atriz para a menina Patty McComarck, que interpretou Rhoda Penmark. March ganhou fãs renomados com a história da pequena, graciosa e extremamente apática, menina má, incluindo o escritor Ernest Hemingway. 

Resumo do livro:
O livro conta a história de uma menina de 8 anos, Rhoda Penmark, ela é muito madura pra própria idade, não é de depender de ninguém, sua independência chega ser assustadora para a mãe, Christine Penmark, que tem tanto prazer em cuidar. Seus pais notam uma certa apatia na menina e sua extrema necessidade em ser sempre a melhor em tudo o que faz. Outra coisa que também chama atenção em seus pais, é a forma mecânica que a menina demonstra sentimentos, calculando todo passo, atitude e palavra. A forma gélida que a menina desdenha e em seguida manipula para ganhar aprovação. Quem olha sua carinha de anjo, não faz ideia do que ela é capaz! 

Crítica/Opinião:

Eu sempre soube que era do contra, mas descobri que sou do avesso quando terminei de ler Menina Má e me senti extremamente frustrada. Li sobre o romance no site da caveira e me cocei inteira para ler, mas a verdade é que o livro não me atrai com esse ardor todo. O livro não é ruim, tem momentos muito atrativos, mas eu esperava mais tensão, mais detalhes, mais respostas. Quando o livro chegou na reta final, esperei uma reviravolta incrível, um momento daqueles que o coração quase para, mas o livro simplesmente acabou e eu, uma mera mortal, pensei em 365 finais melhores do que esse que March escolheu ou pelo menos umas vinte formas de deixar esse final ainda melhor. Dando nota, de 0 a 10, eu ficaria com um 6,5. Radical, mas o livro me deixou decepcionada, eu esperava bem mais. 



March nos deixou um questionamento interessante:

NASCEMOS TODOS INOCENTES E SOMOS CORROMPIDOS PELO MUNDO À NOSSA VOLTA? Ou será a maldade uma espécie de semente que carregamos dentro de nós, capaz de brotar mesmo na mais adorável das crianças? 


Qual a opinião de vocês, leitores?



Até a próxima.
Com amor, Camilla. 


Irreplaceable You (Perfeita Pra Você)

abril 05, 2018



Como vocês podem ver mais um investimento e lançamento da Netflix está presente nos catálogos do site – e com uma grande porcentagem de aprovação. O filme “Perfeita Pra Você” (ou “Irreplaceable You”, no título original) conta a história de um casal de amigos, Abbie (Gugu Mbatha-Raw) e Sam (Michiel Huisman), que se conhecem desde os oito anos de idade e acreditam ser almas gêmeas, destinadas a ficarem juntos eternamente. Mas, o rumo da história dos dois muda totalmente quando um deles recebe uma triste notícia. 

Sam (à esquerda) e Abbie quando crianças.

Sam e Abbie cresceram juntos, não se desgrudavam, bem coisa de alma gêmea, sabe? E obviamente começaram a se relacionar. Após alguns anos, o casal fica com suspeita de estarem “grávidos”, e Abbie vai ao médico para verificar. Só que, infelizmente, eles recebem uma notícia triste sobre a jovem ter um câncer terminal. O filme desde então acompanha essa jornada do casal, tentando lidar com os efeitos da doença, que também tentam aproveitar o pouco tempo que lhe restam juntos. 
Sam tem um jeito nerd, adora prótons e elétrons, é professor e nunca teve outra namorada a não ser Abbie. Por isso, ela sente que ele não estaria preparado para recomeçar sua vida quando ela se for.
Vocês podem estar se perguntando: “Ah, então é quase um ‘Culpa das Estrelas’.” Apesar de ambos os filmes utilizarem o câncer como um impeditivo para o relacionamento, e também o amor fatalista como tema principal, “Perfeita Pra Você” foi feito para derramar litros e litros de lágrimas, mas ao mesmo tempo é eficiente e uma história verdadeira. Quantos casais já não passaram por isso? Pois então. 

(Abbie durante uma das suas quimio.)

Após ir a algumas sessões de terapia em grupo, ela conhece Myron (Christopher Walken, a morte no filme “Click”). Myron também possui uma doença grave e pouco tempo de vida. Logo eles começam a conversar e se transformam em grandes amigos. Na primeira vez que se falaram, ele diz que, quando ela morresse, seu namorado começaria uma longa fase de “galinhagem”. Isso a preocupou, já que Abbie não teria certeza se ele conseguiria seguir em frente e arrumar um novo amor. Alguém que seja realmente fosse bom para ele. Com uma variante esperta na narrativa, ela então resolve ser o cupido do namorado e sai à procura de um novo amor para Sam antes que ela parta. Então você já pode imaginar que também irá rolar algumas risadas durante o filme, nas cenas entre ela e o Myron.
Myron (à esquerda) e Abbie durante as sessões de terapia.

Abbie começa a procurar por um novo amor para o seu noivo. Cria um perfil em um aplicativo, tipo Tinder, e começa a marcar reuniões com as mulheres que dão match para conhecê-las melhor. E aí, você conseguiria fazer isso para a pessoa que você ama? Eu não consigo me imaginar nessa situação. Algumas pessoas podem até achar que ela não o ama para estar fazendo isso, mas tenho certeza que o objetivo dela foi outro, em ajudar o noivo a superar a perda dela.

“Eu pensei que se eu planejasse todo o seu futuro, não iria doer tanto que eu não fizesse parte dele.” 

Só que, ela focou tanto em encontrar essa tal pessoa que acabou se esquecendo de algo importante: viver o tempo que ainda lhe restava de vida.


“Você quer que eu fique bem depois que você for embora? Bom, novidades para você. Eu não ficarei bem, não importa o quanto você tente mudar isso. Você não pode me fazer ficar bem sem você.
(...)
Desde que eu saiba, eu quero estar com você para sempre. E eu sei que não temos isso, mas a verdade é que ninguém tem. Eu te amo agora.”


CRÍTICAS:
 Acho que está mais do que óbvio o final dessa história, afinal, é algo totalmente esperado na vida. Essa fala acima só nos faz reafirmar que o para sempre dura o tempo necessário para ser eterno em nossas vidas, e com certeza o amor deles foi eterno.
Existem duas questões em relação ao filme. Uma delas é a visão totalmente errada da Abbie em forçar o Sam seguir em frente acreditando que era o melhor para ele. Independente de estar doente, ou das complicações em um relacionamento, ele a amava e dificilmente conseguiria esquecer todos os momentos juntos que passaram. Com isso, a segunda questão, é aproveitar cada segundo que a vida nos proporciona, cada momento, cada memória. Não adianta querer empurrar ou sair da vida da pessoa amada por essas determinadas questões. Assim como uma doença terminal não é controlada, o amor também não. Simplesmente acontece.
Enfim. Como vocês já devem saber, Irreplaceable You é aquele drama de fazer chorar horrores. Eu mesma chorei até perder as contas. Mas também me fez rir em determinados momentos, assim quebra um pouco disso de filme dramático e meloso. É um filme com uma p*** lição de vida, que definitivamente vai tocar o seu coração e a sua mente.
Então façam aquele brigadeiro de panela ou separem o sorvete, uns lencinhos, e assistam esse lindo filme. Espero que gostem!

 Com amor, Thalis.

A Escolha

abril 03, 2018

                             
(Foto: Coração Jovem)

Já ouvimos diversas e diversas histórias de amor e superação. Já ouvimos casos de pessoas que se separaram e reacenderam a chama do amor alguns anos depois, mas no caso desse casal, a questão sempre foi manter a chama acesa, mesmo durante as turbulências impostas pelo humor irônico da vida. Travis precisou ir contra todos os conselhos de pessoas que diziam estar fazendo o melhor pra ele, ter fé no momento mais difícil e tudo isso em nome do amor. Sendo assim, eu me pergunto, até onde devemos ir em nome do amor?

Ele sempre foi contra criar laços, firmar um relacionamento e ela estava pronta pra isso, talvez até para o próximo passo. Essa certeza invadiu o coração dele quando a enfermeira Gabby passou a morar na casa ao lado e em sua mente e consequentemente em seu coração, fazendo com que no caos dessa relação confusa nascesse um amor improvável e com certeza inesperado.


A vida tem um senso de humor sarcástico e Travis descobriu isso da pior maneira, quando é preciso 
buscar em si uma fé que ele nem sequer sabia que tinha, tendo em mente que algumas escolhas podem mudar tudo. Nicholas realmente se superou nessa história, mexendo no fundo da nossa alma, reavivando uma fagulha de esperança no quesito amor verdadeiro.



Opinião/Crítica:

 Nicholas tocou minha alma com suas palavras doces e a força desse amor. Ele intensificou a certeza de que o amor verdadeiro existe e pode sim ultrapassar as barreiras que a vida coloca em nosso caminho. Essa é uma história de alma pra alma, de coração pra coração, porque cada palavra é sentida com uma intensidade desmedida. O amor, a dor, a esperança, o medo, a agonia, a dúvida e todos os sentimentos narrados são sentidos e tomados como nossos. Cada instante é sentido com intensidade e essa é a beleza dessa história. Eu costumo ser contra filmes inspirados/baseados em livros, mas esse é um dos poucos que eu assisti, re-assisti e assisti mais uma vez, só pra me debulhar em lágrimas e lembrar que o amor sempre vence no final. Em alguns casos, pelo menos. O sentimento que ficou após essa história, que sem dúvidas roubou meu coração, é de esperança e gratidão. A vida não é nenhum parque de diversões, ela não foi feita pra brincadeiras, mas tendo as pessoas certas ao lado, ela fica melhor de levar. Eu só preciso dizer: Obrigada!

Sintam o amor, sempre.

Até a próxima.
Com muito amor, Camilla.

series ativas

Lucifer

março 22, 2018



Até o Diabo cansou da rotina e decidiu abandonar o trono da escuridão, junto de sua demônio guardiã, Mazikeen, para tirar férias na ensolarada Los Angeles. O excêntrico anjo caído decide trazer para a cidade dos anjos um pouco de sua excentricidade, abrindo um clube que tem de tudo, menos milagre. Na série de Tom Kapinos, temos uma visão íntima e nada comum do tinhoso. E uma coisa que ouvimos por aí é que se o Diabo aparecesse pra nós, seria em uma forma de algo lindo, sendo assim, Tom ouviu o povo e escolheu muito bem ao dar o papel ao ator britânico, Tom Paul Ellis. 


A série conta a história de Lúcifer, o rei do inferno, que se cansa da tarefa árdua de punir os pecadores e decide tirar folga. Dono da Lux, uma boate onde todos os pecados são aceitos. Após um acontecimento que nos permite enxergar um lado mais humano do senhor da maldade, vemos o Diabo sendo forçado a emprestar sua inteligência e seu humor negro, que vem no pacote, para a inteligente e especial, detetive da homicídios, Chloe Decker. 


Quando ouvimos o nome Lúcifer, nossa mente o assemelha diretamente a algo ruim, algo nocivo. Em Supernatural, Lúcifer é tudo aquilo que a Bíblia prega, ele é mesmo um ser invejoso, soberbo e sempre buscando fazer o mal. Já na série de Kapinos, Lúcifer é um ser injustiçado, castigado pelo pai a ser um devorador de pecados e eternizado como o gatilho da maldade. Contrariando todos os ensinamentos religiosos sobre o anjo caído, a série levanta ao longo de seus 31 episódios (na Netflix) muitos questionamentos sobre o que ouvimos a vida toda pela chamada crença. 



Opinião/Crítica

A série tem um humor forte, a ironia é tremenda, assim como os questionamentos que são levantados durante a história de Lúcifer. Fui criada no catolicismo e desde sempre aprendi que o Diabo é um ser ruim, que impõe tentações às pessoas, levando-as a cometer atos pecaminosos de todos os tipos, mas a série me fez questionar isso ao poder ouvir um pouco a versão "dele." O Lúcifer fictício diz abertamente que o pecado parte de nós, ele não fica o tempo todo sussurrando de ouvido em ouvido para que alguém faça isso e aquilo, foi então que me questionei: Será que culpar o Diabo não é o caminho mais rápido para não assumir a culpa por nossas próprias falhas?
Essas e outras perguntas surgiram em minha cabeça e pra ser sincera, elas não parecem assim tão absurdas. Anos de ensinamentos religiosos foram colocados à prova e eu não estou nem perto de ter uma resposta correta. 
Espero que vocês se saiam melhor que eu nessa.

Até a próxima.
Com muito amor, Camilla.

livros

O Lar/Orfanato da srta Peregrine para Crianças Peculiares

março 20, 2018


Get Out: Corra

março 15, 2018



Vivemos na era do debate, da desconstrução, do empoderamento, de uma grande quebra de silêncio e tabus, mas alguns permanecem enraizados em nossa cultura, tornando o trabalho ainda mais difícil. Um grande exemplo disso, é o racismo. Hoje em dia ele é velado, mascarado por um sorriso amarelado ou um olhar atravessado, ou como tornou-se comum, na frase "não sou racista, eu tenho até amigos que são negros", que serve de desculpa pra propagar o ódio de forma condescendente. E isso levou Jordan Peele a fazer uma adaptação cinematográfica dessa frase.


A trama é focada no relacionamento interracial entre Chris (Daniel Kaluuya) um jovem fotógrafo negro e Rose (Allison Williams), uma menina branca de família tradicional. Eles saem em uma viagem até a casa dos pais dela e apesar de estar acostumado com os olhares atravessados e comentários hostis, ele se preocupa com a possibilidade de sofrer exatamente isso durante o fim de semana fora e ela, em uma tentativa de  levar conforto ao namorado, ela afirma: "Se meu pai pudesse, ele teria votado no Obama pela terceira vez." 


O filme é um relato nítido do que a sociedade mantém presa em seu íntimo. Essa violência ora quieta, ora tão alta que ensurdece e até mesmo tira vidas. Get Out mostra a hipocrisia de uma sociedade que se intitula júri e juiz, tendo como evidência apenas a cor da pele. É possível ver de forma dolorosamente cristalina a opressão e as vozes sendo silenciadas. Rod, o melhor amigo de Chris, um agente da TSA é forçado a desvendar os mistérios por trás das poucas informações fornecidas pelo amigo, já que a própria polícia tira sarro de suas teorias sobre o desaparecimento do amigo. 

 (Rob e Sid, melhores amigos de Chris.)

Até hoje, o filme mais aterrorizante que já vi, foi Corra! Não por seus efeitos especiais ou pessoas se contorcendo no chão, mas pelo preconceito palpável que todos fazem questão de negar ou tentar justificar. Pela forma que seres humanos tratam outros seres humanos, usando a cor da pele como justificativa para seus atos e palavras. Ao assistir esse filme, a sensação é de ter um punho atingindo o estômago, porque ele é um filme contando a história de muitos e isso é assustador. Principalmente por ouvir o mesmo relato de pessoas próximas a mim. 


Opinião/Crítica

Após terminar esse filme, conversei com uma amiga que passa por isso diariamente e tivemos a mesma impressão do filme. Ele é uma forma de mostrar que o negro ainda é visto como sempre, como escravo, como se não tivesse valor. É gritante a forma que o negro é desacreditado, diminuído, tratado com desdém e desrespeito por pessoas que acreditam estar acima do bem e do mal. Não tenho o que dizer, apenas sentir: E o sentimento que fica é de vergonha e revolta. 

Tirem suas conclusões e estejam prontos para a bofetada, porque ela vai doer. 

Até a próxima.
Com amor, Camilla.

As Vantagens de Ser Invisível

março 13, 2018



Todo mundo já quis ser invisível em algum momento e Charlie, interpretado por Logan Lerman, seria perfeito para isso se não fossem os típicos adolescentes com uma necessidade incontrolável de exercer poder sobre aqueles que eles têm como fracos. Ele é um menino gentil, abrigado em um mundo só dele, mas que deixa a zona de conforto pra viver novas experiências ao conhecer os irmãos Sam (Emma Watson) e Patrick (Ezra Miller). Apesar da felicidade que essas experiências trazem, o motivo pelo qual ele se escondia em um universo particular sempre volta para assombrá-lo e a revelação é dolorosamente chocante.


É preciso estar bem atento ao ler essa história, seja através do livro ou do filme, a narrativa precisa ser lida pelos detalhes e se desviar o olhar por um segundo, um detalhe importante passa despercebido e lá se vai o que precisa pra entender por completo seu significado . A história é de uma complexidade única e vai muito além das músicas tocadas/citadas, dos personagens escolhidos ou da mimosidade escolhida para os desabafos de Charlie, que acha um jeito único de se abrir para o mundo exterior, com uma visão única dele. 

 (Tradução no topo da foto.)

Repleta de pequenos ensinamentos, a história desse título em uma bagagem pesada e que assombra milhares de pessoas reais. A história em si, é contada através de um personagem fictício, mas vivida por milhares de pessoas espalhadas pelo mundo. A alma ferida de Charlie, é um espelho que reflete a ferida de cada pessoa que partilha de sua história. Não é uma história de superação, é uma história de força e recomeço.


Opinião/Crítica:

Essa história é a minha favorita, é um reflexo pessoal. Eu me sinto abraçada por ela e me sinto forte ao lembrar dos ensinamentos que ela me passou e segue passando a todos que se permitem conhecê-la. Por partes... Uma pessoa querida me emprestou o livro, me presenteou com o prazer de ser acolhida por essa história e fui tomada por um amor imensurável, inexplicável. Defendo com amor essa história, porque é isso que ela representa pra mim, além de força. Quando soube que Stephen Chbosky ia adaptar o livro para as telas do cinema, fiquei terrivelmente amedrontada com a hipótese de algo importante ser deixado de lado, mas a mesma sensação provocada pelas páginas do livro, foi fortemente ressaltada na interpretação do elenco perfeitamente escolhido, da trilha sonora perfeita. O casamento de detalhes foi perfeito e o filme também virou o meu favorito. Eu pude me descobrir infinita graças a ele. 


Curiosidades:

1. O elenco está cheio de rostinhos conhecidos e amados. Logan Lerman, ou Percy Jackson. Emma Watson, ou nossa amada, Hermione Granger. Ezra Miller, o Kevin, de Precisamos falar sobre Kevin e Nina Dobrev, nossa eterna Elena Gilbert.

2. Durante a minha pesquisa pra essa publicação, descobri que Chbosky é o diretor e roteirista do filme, também produzido por Russell Smith, Lianne Halfon e John Malkovich. 

(CHOCADA).

Até a próxima.
Com muito, muito, muito amor,
Camilla. 

Lembrem-se:


series ativas

Jessica Jones

março 08, 2018


O dia da mulher é um dia de luta e é por isso que estamos aproveitando o empurrãozinho da Netflix pra falar dessa heroína forte e emponderada. Por favor, recebam com muito amor a srta Jessica Jones!


Ela que se livrou de uma relação tóxica com o malfeitor Kilgrave, que cujo poder é fazer lavagem cerebral nas pessoas, forçando-as a sujar as próprias mãos pelos erros dele. 


Como o poder está nos detalhes, podemos perceber nessa série cuja personagem principal é nada menos que uma mulher de força, que além de lutar com os fantasmas do passado e com uma carreira de heroína considerada por ela mesma como fracassada, ainda combate o crime e vive em busca da verdade, podemos perceber que alguns pontos estratégicos da série são como faróis iluminando os problemas diários de nossa sociedade como um todo. Apesar dessa fantasia de super heróis, capas (ou uma boa jaqueta de couro) e identidades secretas, a série desmascara problemas reais e muito camuflados do nosso dia a dia, principalmente na relação de Jessica e Kilgrave, se bem notado, é possível perceber o momento exato em que ela se liberta das amarras tóxicas desse controle mental criado por ele, sendo assim, um farol para todos os relacionamentos abusivos que são camuflados como "amor" na nossa sociedade nada fantasiosa. A série traz mensagens fortes de força e dentre as poucas personagens femininas diante de tamanho poder e responsabilidade.

Opinião/Crítica:

É difícil encontrar títulos que tenham em seu foco o empoderamento feminino, principalmente no meio dos tão aclamados super heróis. Não que não existam, mas é difícil encontrar, tirando a Mulher Maravilha, temos poucas com tanto nome e Jessica Jones mudou isso. Ela é uma pessoa completamente comum e suas habilidades não mudam isso. Ela tem tantos problemas quanto qualquer outro e apesar do comportamento auto destrutivo, é impossível ignorar os ensinamentos e assuntos abordados por essa série. 
Sem dúvida alguma é uma indicação! Vale muito a pena.

Até a próxima, feliz dia das mulheres para nossas heroínas do dia a dia. 

Com muito amor, Camilla.

autores

Dia da mulher

março 08, 2018

JK Rowling


Nesse dia 08 março, conhecido como o Dia Internacional da Mulher, não poderíamos deixar de homenagear as mulheres aqui no blog, então vamos trazer uma maravilhosa representante feminina para ilustrar esse dia tão lindo.

Joanne Rowling, mundialmente conhecida como J. K. Rowling, é uma escritora, roteirista e produtora cinematográfica britânica, nascida na Inglaterra, a escritora de 52 anos tem uma história de luta e de vitória, se tornando a autora britânica com maior número de vendas e fazendo com que Harry Potter se tornasse a saga de livros mais vendida da história.


Harry Potter nasceu em uma viagem de trem em 1990, nesse tempo, Rowling passou por diversas situações difíceis, assim como uma crise financeira que a afetou em 1997, mesmo ano em que terminou o primeiro livro da série, Harry Potter e a Pedra Filosofal.
Mas nem tudo são flores na vida da autora, J.K. passou por muitas dificuldades após o nascimento de sua filha e seu divórcio no mesmo ano, teve episódios de depressão e inclusive, falou em entrevistas que tentou suicídio, episódio esse que ela também relata em Harry Potter, dando vida então aos personagens dementadores, que são para simbolizar a depressão. Ela nessa época, passou a depender da ajuda da assistência social.


Harry Potter e a Pedra Filosofal foi recusado em nada mais, nada menos que doze editoras, somente um ano depois que recebeu sinal verde de uma editora britânica, ganhando então a partir daí vários prêmios e o público pedindo cada vez mais a sequência da história. Rowling ganhou três vezes seguidas o prêmio Nestlé Smarties Prizer, então, ela retirou o nome do quarto livro da saga para que outros autores tivessem uma oportunidade justa para concorrer ao prêmio.
Vemos na história de J.K. Rowling uma mulher emponderada, que não desiste dos seus sonhos e que mesmo após tantos NÃOS, resolveu seguir em frente e conquistar o que acreditava. Um exemplo de garra, força e determinação. Espero que esse breve relato sobre a vida de uma pessoa tão importante seja um incentivo para que nós mulheres sejamos cada vez melhores e tenhamos cada vez mais vontade de vencer os obstáculos!!!

Parabéns para nós!
Até a próxima.
Com muito, amor, Aline! 

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