Onde Vivem os Monstros

maio 17, 2018



Where The Wild Things Are (traduzido como Onde Vivem os Monstros) é um filme de 2009 dirigido por Spike Jonze. O longa é uma adaptação do livro infantil de mesmo nome escrito por Maurice Sendak e conta a história de um menino (Max) que, por problemas sociais e familiares, acaba se perdendo na própria imaginação e indo parar na ilha dos Monstros, onde vivem sete criaturas gigantes: Carol, Ira, Judith, Alexander, Douglas, Bull e KW. O filme conta com uma fotografia maravilhosamente poética e um roteiro impecável (mas que talvez não funcione tanto para o público infantil), trazendo traços de psicologia e atingindo principalmente adultos, já que traz uma discussão sensível sobre a infância e o processo de amadurecimento, e o quanto o ambiente familiar afeta uma criança em desenvolvimento psicológico.



O protagonista é um garoto em crise já que é notório a ausência da figura paterna e uma mãe sempre ocupada com trabalho, assim como a irmã que nunca lhe dá atenção. A falta de um sistema familiar adequado faz Max se tornar introvertido e se afastar do mundo real, criando um mundo particular com criaturas monstruosas que nada mais são do que a representação dos seus sentimentos/personalidades brigando entre si para entender a falta da estrutura familiar e social no mundo real. Os sentimentos representados pelos monstros são: o egoísmo (Carol), a carência (Alexander), o amor (Ira), a baixa autoestima (Bull), a agressividade (Judith), a solidariedade (Douglas) e o sentimento materno representado pela KW, único sentimento que não pertence ao protagonista, mas que talvez retrate o que ele mais sente falta. A convivência e os atritos com esses monstros faz o garoto refletir e amadurecer aos poucos durante o filme.


Opinião/Crítica:


Eu, particularmente, adoro filmes de fantasia e que em um primeiro olhar são destinados ao público infantil, mas que carregam um significado enorme pelas suas metáforas. Where The Wild Things Are funciona exatamente dessa forma pra mim, e de bônus me dá uma sensação nostálgica maravilhosa. Minha infância foi um tanto difícil por causa de alguns problemas pessoais e, embora tenha uma família muito unida e presente, sofri para me relacionar melhor com o resto da sociedade, talvez seja por isso que o filme signifique tanto para mim já que também me perdia em histórias fantasiosas como escape do mundo real. Depois de assistir, acabei me apaixonando pelo estilo do filme e buscando outros parecidos, hoje talvez seja meu gênero/estilo favorito. 

“Inside all of us is hope, fear and adventure. Inside all of us is a wild thing” é uma frase que levarei para vida e me mostra que todos temos nossos monstros internos, só temos que transformá-los em aprendizado.
Na minha visão, e por sempre ter gostado de questões envolvendo psicologia, o filme é uma obra maravilhosa que usa da fantasia para nos mostrar questões sérias e reais sobre como o meio em que vivemos pode afetar o nosso psicológico. Além disso, a mensagem que ele deixa é a de que todos nós temos monstros internos e estamos a todo momento lutando para conciliá-los e trabalhar para vencermos nossas frustrações e crescer ao longo da jornada da vida. Where The Wild Things Are é um filme extremamente verdadeiro que nos faz relembrar nossa infância e as situações que tivemos que lidar e o quanto isso pode ter refletido na vida adulta.

Tire suas próprias conclusões e me conte o que achou.

Até a próxima.
Com amor, Rox.

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