Menina Má

maio 03, 2018



Causando impacto em seu ano de publicação (1954) pela temática ousada e violenta de seu último romance, William March causou comoção pela polêmica escolha de enredo ao relatar a história do pequeno lobo em pele de cordeiro, Rhoda Penmark, um iceberg maior do que aquele que afundou o Titanic. A mente humana é uma incógnita, não se conhece ou enxerga por completo. É um labirinto cujo caminho é cheio de obstáculos e bloqueios, onde a saída mais próxima pode ser apenas mais uma curva vazia. Segredos obscuros, fantasias macabras e desejos tenebrosos podem estar escondidos nas curvas desse labirinto e em alguns casos, as fantasias e desejos passam a ser combustível para atos cruéis. 


Bad Seed, título original do romance, ganhou adaptações para uma montagem nos palcos da Broadway e, em 1956, uma adaptação ao cinema indicada a quatro prêmios Oscar, incluindo o de melhor atriz para a menina Patty McComarck, que interpretou Rhoda Penmark. March ganhou fãs renomados com a história da pequena, graciosa e extremamente apática, menina má, incluindo o escritor Ernest Hemingway. 

Resumo do livro:
O livro conta a história de uma menina de 8 anos, Rhoda Penmark, ela é muito madura pra própria idade, não é de depender de ninguém, sua independência chega ser assustadora para a mãe, Christine Penmark, que tem tanto prazer em cuidar. Seus pais notam uma certa apatia na menina e sua extrema necessidade em ser sempre a melhor em tudo o que faz. Outra coisa que também chama atenção em seus pais, é a forma mecânica que a menina demonstra sentimentos, calculando todo passo, atitude e palavra. A forma gélida que a menina desdenha e em seguida manipula para ganhar aprovação. Quem olha sua carinha de anjo, não faz ideia do que ela é capaz! 

Crítica/Opinião:

Eu sempre soube que era do contra, mas descobri que sou do avesso quando terminei de ler Menina Má e me senti extremamente frustrada. Li sobre o romance no site da caveira e me cocei inteira para ler, mas a verdade é que o livro não me atrai com esse ardor todo. O livro não é ruim, tem momentos muito atrativos, mas eu esperava mais tensão, mais detalhes, mais respostas. Quando o livro chegou na reta final, esperei uma reviravolta incrível, um momento daqueles que o coração quase para, mas o livro simplesmente acabou e eu, uma mera mortal, pensei em 365 finais melhores do que esse que March escolheu ou pelo menos umas vinte formas de deixar esse final ainda melhor. Dando nota, de 0 a 10, eu ficaria com um 6,5. Radical, mas o livro me deixou decepcionada, eu esperava bem mais. 



March nos deixou um questionamento interessante:

NASCEMOS TODOS INOCENTES E SOMOS CORROMPIDOS PELO MUNDO À NOSSA VOLTA? Ou será a maldade uma espécie de semente que carregamos dentro de nós, capaz de brotar mesmo na mais adorável das crianças? 


Qual a opinião de vocês, leitores?



Até a próxima.
Com amor, Camilla. 


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