One Day at Time
fevereiro 08, 2018
Sabe aquela série que você vê todo mundo comentar sobre, mas sempre deixa pra depois e quando assiste se pergunta qual a razão de ter demorado tanto pra assistir? Foi exatamente o que aconteceu comigo e ODAT. Uma amiga assistiu e ficou indicando e comentando sobre, dizendo o quanto as personagens são incríveis e "tenho muitas na frente" era minha resposta, até que me dei por vencida e assisti ao primeiro episódio, que me levou ao segundo, ao terceiro e ao desespero pela segunda temporada que abrilhantou o catálogo da Netflix no dia 26 de janeiro.
A série conta a história de Penelope, uma ex militar cubana-americana que se divorciou e agora vive com a mãe e os dois filhos em um apê em LA. Eles contam a ajuda, que de ajuda não tem nada, do senhorio do apartamento, Schneider, que é tudo aquilo que a gente detesta, mas acaba amando no final.
Assuntos como xenofobia, homossexualidade, aceitação, feminismo, religião e diversos outros assuntos são abordados nessa aula de humanidade e bom humor. Emoção e risadas são divididas igualmente, enquanto o amor acaba se tornando incondicional e a gente tira uma casquinha desse idioma tão caliente.
Sobre os personagens:
Lydia: Nossa eterna abuelita é interpretada por Rita Moreno e é ela que nos arranca o maior número de risadas possível. Ela é uma eterna menina, literalmente, escondida atrás das cortinas, sempre de bom humor, apesar de ter uma história de vida não tão feliz assim, com comentários sarcásticos pra dar e vender, ela nos encanta com seu orgulho da origem cubana e nos mata de rir com seus flertes direcionados ao O dr. Leslie Berkowitz.
Penelope: Nossa Lupita é interpretada por Justina Machado e dá um show de emponderamento, mostrando que mulher não precisa de macho nenhum pra se dar bem na vida. Ela é forte, segura de si, pavio um pouco curto, bastante sarcástica, com o humor que oscila, mas quase sempre está elevado (ou seja, bom), ela é enfermeira na clínica de um médico pra lá de cômico.
Elena: A maior protestante problematizadora emponderada e baby lésbica do rolê é interpretada pela maravilhosa Isabella Gómez. A existência de Elena é um soco na cara do patriarcado, já que a menina não perde uma oportunidade sequer de lutar contra a opressão. Se tiver uma manifestação sobre o número de fios em um casaco de lã, saiba que ela será a primeira a chegar. Ela é a representação da nossa luta, do desespero que sentimos antes de assumir pro mundo quem/o que somos. Elena é um lembrete de que nunca vamos nos calar e nossa cabeça vai estar sempre erguida.
Alex: Nosso papito é interpretado por Marcel Ruiz e ele é o famoso "se meu cabelo tá bom, não importa o que eu to fazendo aqui." Ele é o típico menino na puberdade, sempre com aquelas frases prontas que parecem ter sido pintadas no para choque de um caminhão e um cuidado excessivo com o cabelo. Ele ainda está descobrindo o mundo e que nem toda amizade é boa nessa jornada.
Schneider: Interpretado por Todd Grinnell, ele é o maior sem noção do rolê, superando o pequeno papito. Ele é tudo aquilo que a gente despreza, mas o bom humor é tanto, que a gente ama. Ele é o famoso filhinho de papai, que tem tudo mas diz que não tem nada, cheio de vícios e de comentários sem noção alguma.
Opinião/Crítica: Eu me arrependi de ter demorado tanto pra assistir quando a Dielle me indicou. A série é incrível, as risadas acabam sendo incontroláveis e o efeito delas é inacabável. Eu sempre dou risada quando lembro de alguma cena. Me senti muito representada pelo episódio em que a Elena se assume pro pai dela e eu acho que muita gente vai se sentir assim. Essa série tem a mesma leveza que a Louie Ponto tem pra abordar assuntos "pesados" no canal dela, só que com um acréscimo delicioso de comédia. Eu super indico, tanto a série, quanto o canal.
Junte a família, peguem a pipoca e foi dada a largada dessa maratona deliciosa.
Aproveiten chicos e chicas,
até a próxima.
Com muito, muito, muito amor
Camilla.
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